quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



E se lá para os trinta e pouco...pouquinho...você começa a imaginar, e ou, até descobre que uma vida apenas, não basta para por em prática tudo aquilo que se sonha?

Será que é c obrar demais? Será que se quer demais? Será que o tempo que temos é pouco?

Utopia é desculpa para preguiçoso. Portanto, trate de correr atrás porque o cronômetro é regressivo. A diferença é que ele não vai te dizer quando estará acabando e nem fará soar algo pra te dizer que terminou.

Será que dá tempo? Será que estamos fazendo da melhor maneira? Será que?

Assim como deixamos coisas pra amanhã, ou semana que vem, eu já estou planejando o que fazer, pra onde ir, o que não ser, como pensar e com quem estar para a próxima.

Será que eu já não fiz isso antes?

Espero me lembrar de tudo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Pensamentos de mesa de bar




Não me fale sobre o que é estar bem
Você tem milhares de dias menos que minhas mágoas
Ainda vive a se esconder debaixo de um teto, mesmo que de lona, enquanto eu estou aqui matutando sobre a vida
Você sabe o que é ser livre?
Não me fale sobre o que é estar bem
Pessoas exibem seus corpos esculturais e se engalfinham por um pedaço de metal
O pastor da igreja faz juras de dias melhores por sentar de banda por conta de uma carteira cheia
Você não sabe o que é dor
Não me fale sobre o que é estar bem
Sua lágrima de mentira seca a cada cerveja em sua mão
Sua testa para de franzir e seus olhos tristes de mentira voltam ao normal quando minhas costas viram na tua frente e quando tu ouves um novo bip em teu aparelho móvel.
Você ao menos saiu de casa pra ver o mundo?
Não, não me fale sobre o que é estar bem
Tu preferistes me apunhalar quando meu coração ressuscitava em meio a loucura de meus pensamentos
Pessoas ainda culpam outras pelos seus próprios fracassos, no sinal alguém esbraveja sem motivo algum
Você pelo menos conseguiu vencer seus demônios ou experimentou sair sem maquiagem?
Não, não abra a boca pra dizer que sabe o que a dor significa
Não,
Não,
E não... não me fale sobre o que é sentir bem

segunda-feira, 3 de agosto de 2015





Me pergunto em diversos momentos o que é pior, sentir as pernas cansadas,por rodar demais e achar que nunca se chega em algum lugar, ou nunca chegar próximo de onde se quer e mesmo com as pernas cansadas, rodar demais. Você sabe me responder quantas etiquetas são necessárias pra se saber o preço que se paga? Viver, às vezes apenas, não basta. É preciso de algo concreto pra se pisar ou um binóculo pra enxergar mais à frente. Dizem que apenas deixar fluir é o caminho. Dizem que é porque não se está nunca satisfeito ou agradecido demais. A plenitude é um quarto confortável que ainda não experimentei. Não a plenitude como perfeição, mas só um estado de poder olhar em 360 graus e sorrir pra onde aponta meu nariz. Falam também que, quem disso goza, são os que não se importam...que não sentem. Hoje eu queria ser assim nem que fosse por um minuto.

segunda-feira, 27 de julho de 2015




Solidão também é se encontrar cheio de pessoas ao redor. Que não entendem aquilo o que você tem à acrescentar e o que você tem de melhor. Quem virá pra te salvar do casulo do medo? Quem te dirá o que fazer quando as palavras das pessoas conseguirem te ferir?  O que se espera quando se nota que está longe de onde gostaria de estar? A resposta estará naquilo que aparecer ao te aproximares do espelho. Não serão os cabelos assanhados, as rugas ou as olheiras, que floresceram em teu rosto em vez de sorrisos, depois de uma noite em um travesseiro inundado por lágrimas. Será você mesmo. Não acreditemos que o sofrimento é um efeito rebote por alguém ter de sorrir. Somos donos de nossos destinos e ações. E o caminho para essa conclusão se tornará mais longo se construirmos um muro em nossa frente com os tijolos do abatimento.  Plantemos a semente da esperança todos os dias em nossos corações. Somos feitos de amor. Temos uma força absurda dentro de nós quando queremos usa-la. Flores nascem até no concreto. Abasteçamos nossos  espíritos com o combustível dos sonhos e quando o vento for contrário, volte a acreditar.

Luz e axé!

quinta-feira, 16 de julho de 2015



Era noite e eu notei algo bem perto
Eu caminhava em meio à sorrisos e melodias regadas a cervejas baratas
Lá havia um, com uma estrela na boca do céu e que eu parei pra observar
A natureza revela belezas raras
Não bati a porta mas me aproximei
Um mapa e um cabo fariam uma grande diferença

domingo, 28 de junho de 2015

Querida mãe,




Amor é algo diverso, transmutado, dado e recebido de diversas formas. Não me fale sobre amor. Não me fale mentiras e principalmente como você deixa de me amar a cada resmungo sobre meu ser. Estou cansado de ver você foder com os dias em que eu só quero tranquilidade. Não ponha a amargura, encardida pelo tempo de sua alma, na minha conta. Eu não tenho dinheiro e muito menos um VISA para pagar. Toma teu café, tira a roupa do varal e poupa tua saliva pra tentar me convencer do contrário. Tuas atitudes já me fizeram calos e a dor já não incomoda mais. Estará comigo pra todo o sempre, porque pra sempre, o tempo não volta pra refazer-se. Diante de todas as batalhas verbais, nós nunca chegamos ao ponto de aterrissagem do consenso porque nunca descestes daí. Olha-me por cima, em pé na cegueira da soberba. Você não me conhece. Lá fora tem gente que sabe quem sou eu. Viva com sua dor. Ela não é a minha. Tenho vida própria. Gratidão pelo mínimo, porque o máximo foi todo longe da baliza. Ouça o que irão falar de mim. Eu vou me mandar daqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2015






Eu gostaria de ter algo para dizer. E tornar concreto aquilo que penso em relação ao que tira meu sono de cada dia. Gostaria muito de tentar descrever aquilo que sinto com a simplicidade de um simples gesto e de dar um passo à frente para cada ideia que brota da nascente do meu ser. Eu gostaria de ter mais uma cerveja na geladeira e me embebedar no meio da semana para esquecer de mais um dia que não pedi para ter. Gostaria de não falar que gostaria de algo quando não tenho nada para falar. Eu gostaria de deixar de ser palavra e me transformar em ação. Gostaria de montar plantão em tua porta e praticar os proselitismos do coração e dançar contigo de olhos fechados, vendo tempo parar nele mesmo. Eu gostaria de ser eu, uma única vez, pra me sentir vivo e assim, ter um sorriso no rosto ao abrir a porta para ir ao trabalho. Eu gostaria de não correr da chuva quando ela caísse, sem ter ônus à quando ela ensopar minhas meias. Eu gostaria de respirar mais, andar e conversar mais com pessoas que sejam soma. Eu gostaria de menos recibos e diminutas. Eu gostaria de rir mais como nos encontros com as boas companhias sentado no nada, falando sobre nada, e brincando com o que as pessoas, ditas normais, acham idiota. Eu gostaria de deixar de ferir e desacreditar menos as pessoas que me rodeiam com a minha intensidade. Gostaria de ter mais coragem, a cada despedida para arriscar a riscar rabiscos, mesmo que indesejáveis na linha do tempo da vida real de alguém. Ah, como eu gostaria de ver aquela micro imagem ampliada e pendurada num prego na parede da sala em vez amontoá-la em meus registros platônicos  e pessoais. Eu gostaria de dizer a algumas pessoas que eu também sei ser demônio em vez de santo. ... Eu gostaria de tanta coisa... Gostaria até que alguém lê-se tudo isso. Eu me pergunto: pra que gostar tanto, se o que sobra no fim é apenas o silêncio, as costas e o cinismo das conversas sem a presença e sem direito de resposta? De gostar tanto e não ter nada se colecionam os calos e as cicatrizes. Eu gosto de saber que medo eu nunca tive de nada e aceitar que meu medo é apenas não gostar de mais nada e no futuro, não gostar daquilo que me tornei, daquilo que terei. De não deixar de gostar do desapego das coisas que já deveria ter esquecido. Eu gostaria de juntar sete esferas para nascer novamente e assim, tentar fazer tudo de forma diferente. Chega de gostar, está na hora de dormir.