terça-feira, 31 de março de 2015




Nossas cabeças, nossas casas. É de lá que saem os pensamentos. A cada um, que ganha vida ou uma certeza, bate a porta de casa e ganham os caminhos e calçadas. As vezes retornam no meio do caminho e não chegam no destino. As vezes eles saem descalços, usam roupas leves e levam apenas o necessário,  porque o que interessa é apenas seguir e ganhar vida. Outros não e enchem a mochila de objetos e sentimentos que pesam o andar e inibem todo o observar, o agir e o sentir de uma vida única, curta e simples. Nós até sabemos que não precisamos de muito, mas ainda assim, nossa mochila continua pesada. A cada cabeça, inúmeros pensamentos por segundo. Uma produção em massa. A cada medo e insegurança, um esquecimento. Logo, em alguns casos, lembramos tarde, que a vida é um presente que nos foi dado. Breve e passageiro. Em determinadas situações, queremos tanto aproveitar a areia que cai da ampulheta que deixamos tudo empoeirado. Só esquecemos de lembrar também, que os nossos pensamentos são capazes de soprar a poeira para longe. Não há nuvem cinza que fique parada para sempre encima de nossas casas. Só precisamos ter coragem para seguir outras calçadas. Calçadas que nos levarão aos quarteirões onde o tempo é bom e quem sabe até, plantar nossa casa em um outro lugar onde os pensamentos saem para andar mais leves e consistentes. A chuva que pode cair não impede de andar. Dança com ela porque as lágrimas enxugam. Cada pensamento de tua cabeça, um poema. Cada poema, um labirinto indecifrável. Os novos dias nunca serão como os que passaram. O que passou não se repetirá necessariamente. Temos sempre um dia após o outro pra provar e fazer o contrário. Todos temos nossas verdades, só não precisamos ficar engessados. Desliguemos os alarmes, guardemos as armas e deixemos o guarda-chuva em casa. Não vivemos uma guerra, vivamos uma vida. Tira aquele disco arranhado da agulha, abre a janela e ouve a melodia do novo.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Samba para espantar o medo






Não sou poeta, bamba e nem tão pouco artista
Mas te trago estes versos com toda minha emoção
Pra te falar o que se passa em minha mente
E de todo sentimento dentro do meu coração

Minha frequência em sintonia com você
E dos segundos eu faria uma eternidade pra passar
Mas me concentro, fecho os olhos e disfarço
Por que sei que mesmo longe não estarás a me esperar

Hoje eu te peço que jamais você duvide
E que sempre acredite nestes sentimentos meus
Pois a verdade e toda sinceridade
Que carrego aqui comigo emanam destes olhos teus

Nem que cantasse todas palavras do mundo
Elas seriam tão suficientes para me expressar
E vem comigo nesse sonho de criança
E no balanço da vida venha comigo dançar


terça-feira, 17 de março de 2015






Sempre caminhamos com nossas pernas. Sem pressa e com o cuidado de não pisar no pé de alguém. Assim como uma dança à dois, Tentamos escolher as melhores palavras para podermos deixar nossas visões às claras. E apesar de conhecer bem o dicionário, eu utilizei as palavras erradas, ao meu espelho, e que não fazem parte de meus quereres. Numa tentativa guiada pelo gps da sinceridade. A sinceridade de um sentimento novo que nasceu apenas de um reflexo. Não nasceu de experimentos químicos. Não foi manipulado por suor. Talvez por isso seja tão verdadeiro. Não passei de ano. Estou em recuperação. E já estudei o bastante o dicionário. E daqui pra lá, caso exista uma prova real, não terei apenas palavras certas, mas ideias de dias melhores pra nós.