Escrevi algo sobre você. Só pelo intuito de me lembrar o quanto lhe quero longe e o quanto tu és pequena diante tudo que imaginei de ti.

O que se espera?

Se aguarda o que?

Quando se dança à calmaria?

Meu corpo sangra.

Tudo de ruim que guardo escorre em minha face morta.

A dor de anos.

Se vai em lágrimas.

Que sangram dos olhos.

Que já tinham perdido a vida e eu apenas me enganava.

Vejo meu mundo queimando devagar.

E nos escombros do que um dia pensei.

Me sento.

Olho fixo pra o que não sei...algum lugar.

Espero o tempo me decompor.

No despedaçar de minhas forças.

Grito.

Não conseguem ouvir minhas súplicas.

Pensando em qualquer tipo de milagre.

Se é que isso existe.

Minha cabeça dói.

Meu coração parou.

Meus olhos sangram.

Apenas choro.

Destino, acaso, predestinação...
No que se acredita?
Causa e efeito...
Quem sabe?
O que temos como nossas verdades além da certeza de que a um segundo atrás estávamos vivos?

Meu olhar cínico circunda algo em você.
Algo que você nem notou.
Ainda perde tempo em achar-me ingênuo.
Quanta prepotência...
Nem te lembras que de salto não se anda sempre.
As ruas tem buracos.
Esqueces de tua calçada.
Dou risada de tua ignorância.
Desse papo piegas que tu forças.
Apago qualquer pegada tua antes de tu piscar.
Agonizando um cisco que cai em teu olho esquerdo.
Carrego mais palavras para o direito.
E o direito que tenho de te dar nada mais que um bom colírio.
Brilux ainda é multiuso.

Se tivesse a sutileza de Caetano, escreveria sobre como singelo é o tempo dividido entre horas, minutos e cada segundo ao teu lado.
Se por acaso fosse Raul, teria a cara de pau de descrever as bobagens, farras e bebedeiras a dois e as madrugadas banhadas de sorrisos.
Caso conseguisse ter a sapiência de Chico, minhas linhas seriam cobertas de notáveis sonetos, de palavras refinadas e certeiras e claro, com brilho. Brilho que só vi em teus olhos. Brilho que hoje, se pendura em molduras.
Se tivesse a honra de ter um pouco de Gil, colocaria tudo em perfeita harmonia com a alegria negra de ser.
Gostaria de ser Vinícius de Moraes e assim conseguir traduzir a riqueza da saudade. Que sinto de cada centímetro de teu corpo e de teu gosto mais íntimo.Traduzir a paixão visceral da lembrança em um eu e você.
Contudo, sou apenas eu.
Palavras bobas.
Cheias de saudade.
Cheias de amor.







Pra você, não é o bastante.

Enquanto as pessoas perdem tempo falando de você,
apenas viva.
Elas agora estão te dando as costas mas calma,
apenas viva.
Ao mesmo tempo que elas tentam por a mais b te provar o contrário,
apenas viva.
Não se iluda com a dor da decepção, pois passa,
apenas viva.
Pois, são nas dificuldades onde mais se aprende. Então,
apenas viva.
Nós temos duas pernas para andar por nós mesmos, logo,
apenas viva.
Se te pregam o mal, não perca a firmeza. Atitudes ruins florescem consequências ruins a quem disparou. Não se preocupe,
apenas viva.
Cobrar dos outros o que você faria de olhos fechados por eles em qualquer hora ou situação não é cabível. Cada um tem sua forma de ver e agir e por isso,
apenas viva.
E jamais deixe de lado aquilo que traz e carrega por conta de palavras escondidas dos outros contra ti,
apenas viva.
Nem desacredite em algo que tanto, mais do que ninguém, você sabe ser possível. Não precisa provar as pessoas do contrário. Faz o teu e...
apenas viva.
Deixe que se escondam de você. A ignorância de quem o faz é o espelho do bem que fazem a ti próprio pela ausência. Te digo:
apenas viva.
Viva, arrisque-se, por que não quebrar a cara as vezes? Seguir nosso coração não faz mal algum, porque nós não teremos outra vida e nem o tempo vai esperar que nós transformemos nossos sonhos em realidade.
Quem fará isso além de nós mesmos? Fale, encare, desapegue-se, sinta, liberte-se, ame!
Apenas viva.

Eu queria dizer que em você eu vi verdade.
Quem em você eu vi paz.
Eu queria dizer que em você eu vi bondade.
Que ao teu lado o desfeito se faz.

Queria te dizer que com você vi paixão.
Em teu sorriso encontrei tranquilidade.
Queria que você fosse algo além de ilusão.
Pois longe, a vida ganha tons de crueldade.

Queria poder te mostrar o que escrevi.
O que canto em silêncio pra não te assustar.
Eu queria poder dizer porque não quero mais aqui.
Porque é aí, hoje, onde deveria estar.

Eu queria....
Não posso.

Tenho medo porque não me falta coragem.

Eu gosto do todo
Onde a brisa leve me banha
Onde o menos é mais
É aí onde a gente se encontra
Longe de bifurcações duvidosas
Com a certeza de seguir a diante
E o coração se mantém sóbrio
Pra poder guiar ao longe
Por um caminho por hora desconhecido
Cheio de simplicidade
Mas que completa qualquer espaço
Enquanto uns navegam em turbilhões
Eu só quero a calmaria do novo
Pra que mais?

Salto fundo
Profundo
No encanto
E no entanto
A muito me chamar

Eu planejo
E almejo
Me remonto
Com afronto
O que não sei no que vai dar

Por isso espero
Pois quero
Distante
A diante
Minha paz encontrar

Claridade, luz de neon

Um carnaval de cor e som

E ela deixou a porta aberta ao passar.

E bem me diz que já é tarde

Que é nessa velocidade

Que vai deixar a vida lhe levar.

Divisória que existe
Como o lado ao outro da rua
Novamente fronteiras
E o hiato...
Que separa meus dedos de teus cabelos.